quarta-feira, 8 de julho de 2015

Leviandade.


Brisa que acompanha vales amigos,
com leviandade nestes teus poucos tons,
me martirizo pelos atos aflitos,
teus amores recíprocos em sons e tons.

Justiça é poder aproveitar ébrio,
os sacrilégios, sendo carismático.
Injustiça é aceitar fé em tédio,
calado, inexorável, apático. 

Brisa, amiga da justiça moderna,
esvai tons da tez, perante sacrilégios.
Martiriza com injustiça interna,
aqueles que escolhem por privilégios.

A alma canta e chora amores vãos.
A brisa sorrateira, desfaz e foge.
A leviandade esta em tuas mãos,
nas ébrias palmas ternas do que escolhe!






Marcos Patrick

sábado, 27 de junho de 2015

Amores da Primavera




Oh! Estou apaixonado pelas suas curvas.
Garota tão precoce assim não existe nas ruas.
Olhei para seu vestido terno e branco
no alavanco de um peito brando e me fez chorar.

Garota sapeca,
que me fez ficar alerta,
quando me piscou na festa,
num dia de quaresma e me fez amar.

Sou bem daqueles,
que enxergam as cores,
mas odeia as flores de milhões de amores,
que estão a se finalizar.

Mas somos todos sapecas em dias de flores,
pois almejamos na primavera,
com seus odores,
a busca incessante pelas cores de milhões de amores.

Não recusamos as dores
de incorrespondidos louvores
que são arrancadas de forma colérica,
por velhas à vislumbrar as chuvas de primavera.





Marcos Patrick

sábado, 7 de fevereiro de 2015

São olhos turvos, mas verdes.



De um local onde ninguém nasceu ou morreu, ela surgiu!
A doce e ingênua garota de olhos turvos, mas verdes.
Não precinto dúvidas ou receios em seu olhar infantil.
São olhos turvos, mas verdes. 

Era 7 de março de 2000. O mundo poderia acabar, mas estávamos lá.
Renascemos, eu tinha certeza. Era o destino!
Haviam se passado 3 meses e 7 dias desde a catástrofe milenar.
O vento que quase assobiava por entre fendas no espaço tempo, agora se calava em meu retiro.

Oh! Gioconda, minha doce amada, como pode ser tão forte?
Os cachorros estão raivosos e ladram ao me ver,
mas me sinto confortado por esses gritos de vida, e não mais morte.
Finalmente seguro, deveria comemorar, afinal estou à viver.

O que não aceito, é a indubitável culpa de viver
a inexplicável angústia pelo clímax que atingira aquele MALDITO APOCALIPSE sem razão ou precedentes.
Oh! Meu lago, meu rio de felicidade, minha amada, mesmo em meio à caos e destruição, cuja sanidade a muito tempo veio à se perder,
ainda me lembro de nossas noites apocalípticas, meio à tumbas; meio à desordem. Mesmo sem ver o Sol por 3 vezes, ainda podia enxergar seus olhos. Eram olhos turvos, mas verdes...


Marcos Patrick  (Mártir)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Quadro à vida



Distante em um abrigo.
Enterrado morto e frio,
mas a certeza disso é trivial,
tanto quanto aparenta ser natural.

Poéticas gotas piparoteiam ao vento,
com dedos macios, tranquilos e serenos.
A calada da noite se aproxima e o trivial alento terreno se decompõe.
A tempestade está de volta, e o vento que antes impulsionava o gotejar de estralar,
agora acaricia minhas pálpebras vidradas nesse quadro ao qual eu estava à vislumbrar!

O quadro é a arte, a vida é arte.
Somos belas esculturas em um quadro impressionista, mas não sejamos enganados e atraídos,
pelo seu semelhante, porém mais turvo e forte amigo, o fauvismo!


Marcos Patrick (Mártir)