Sua realidade é falha, seu destino impreciso, sendo sucinto de que acredita nas milhares de miragens
e na realidade de uma falha que entregou-lhe um armistício.
Ele é tão inacreditável; improvável, mesmo entre todas essas realidades.
Ouço uma voz! Ouço um grito e
entrego-me aos vestígios.
Mais uma vez me desligo e sinto
toda a energia de meus castigos.
Deixo rastros por todo lugar,
desse ser vazio que não ouve,
sendo perseguido, mesmo em alto mar,
por catástrofes, tremores e horrores.
Loucas lembranças pairam sobre minha mente
e me pergunto, em que momento estive vivo?
O que o amor me fez? Deixei me corromper, sendo que vinha em uma forma contente;
era ardente, presente, onipotente. Era a figura mais celeste. Era lindo!
aos poucos, o fogo da paixão queimou meus pensamentos,
minha mão, meus braços e minha face.
Comecei a chorar e minhas lagrimas eram fogo e sangue de sofrimento.
Decidi respirar mais devagar, pois era terrível a sensação desse impasse.
Aos poucos, perdi meus sonhos e meus pensamentos.
Sabia o que eu era e o que pensava,
porém, um louco suspiro sempre me condenava com seus alentos.
Decidi me entregar. Decidi concordar para ver se passava.
Dias passaram e novos tempos surgiram
e hoje realmente eu digo:
o amor corrompeu esse garoto sonhador que só quis saber o que é amar. Todos riam
e hoje realmente digo o que sinto.
É o amor, minha mais pura qualidade.
É a alegria meu mais puro galardão.
E vivo somente em um mundo de miragens para sempre.
Não me ofenda com alegorias e não tente me decifrar, pois vivi em uma eterna ilusão.
Sim, ilusão de meus sonhos,
a que somente os frutos de minha mente sabem quais são.
Criei uma imagem sua sobre meus ombros
e de la, jamais ira sair, até que os recônditos
de minha alma alertem que a vida se foi e que tudo se acabou...
Mártir